23/06/2012
in the end
E mais uma vez me deixaste sozinha, despedaçada, entregue a mim própria.
Que novidade. Iludiste-me e deixaste-me sozinha, entregue às estrelas, entregue a mim própria, entregue à minha alma, já há muito tempo perdida.
Porquê? Ignoro a razão, não quero ouvir resposta. Só me vai magoar mais.
Subi para o meu cavalo e entrei em mundos que nunca sonhei estar, que nunca sonhei existirem. E eles acolheram-me - abriram-me a porta, abraçaram-me, deram-me uma sopa quente e uma cama onde dormir. Deram-me carinho, proteção, fizeram-me esquecer a tua ferida mal sarada.
Hoje, passado todos estes tempos, a minha ferida é uma cicatriz, uma cicatriz feia e vísivel para todos. Os mundos que ao princípio me acolheram deixaram de fazer sentido: já não chegam para anular a minha dor, já não chegam para a suportar. Já não chegam para limpar a ferida : essa, reabriu-se outra vez. E sangra, sangra muito. E dói muito mais.
A carne é o teu maior pecado e o meu maior medo. Tenho medo que voltes, tenho medo que o teu cheiro, o teu toque volte. Tenho medo de tudo.
Deixei-me arrastar ao sabor das tuas palavras e ao aroma do teu cheiro. Deixei-me ir pelas tuas seduções, deixei-me ir.
O fumo salvou-me o vício, a lâmina o corpo e a droga a mente. Essas, sim, são as minhas melhores amigas. Essas, sim, sararam uma ferida. Só me arrependo de uma coisa : ainda te amar.
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perfeitooo*
ResponderEliminarestá tão lindo, escreves mesmo bem!
ResponderEliminarbý: raquel alexandra <3
omd nádia, está lindo, escreves tão bem, adoro, adoro, adoro ♥
ResponderEliminarby : bruna mendes
tão lindo, amo amo amo!
ResponderEliminarAmei querida ! continua assim :)
ResponderEliminarby: Filipaa
perfect . nothing else to say.
ResponderEliminar/maria martinez.