alma de pássaro

Sou uma alma perdida que vagueia por noites de lua cheia, à procura de um poiso para ficar. Adoro olhar para o mar, transmite-me uma sensação de calma imensa; mas, por outro lado, tenho medo deste. Tenho medo de me perder em mim própria, ou de me perder no mar. Entre mil e um defeitos, tenho uma única qualidade: ouço boa música. A minha música, é o meu ponto de abrigo. Gosto de me vestir de preto e gosto de me refugiar nesta. A música corre-me nas veias e eu orgulho-me muito disso. Talvez a música seja a única coisa certa, bonita e sincera no mundo, que nunca me deixará ficar mal. Posso dizer que é a minha droga, apesar de dispensar esse tipo de refúgio. As músicas escolhidas para este blog podem não ditar completamente o meu gosto musical. Limitei-me a escolher as mais calmas, pois são, sem dúvida, as que mais têm a ver com o meu tipo de escrita.
Adoro quando o vento me bate nos cabelos; aí, abro os braços e preparo-me para voar - alma de pássaro, voa quando quer. 
Tenho uma personalidade fixa e odeio que as pessoas tentem mudá-la. Sou vingativa, arrogante e, de certa forma, bipolar. Como já disse, perdi-me em mim e não consigo arranjar maneira de me voltar a encontrar. O meu pai está sempre a criticar-me por eu ser do contra mas, de certa forma, eu concordo com ele. Branco? Não, isso para mim é creme. Quando as outras pessoas são do contra comigo, eu passo-me completamente e, normalmente, levo a minha avante. Mas não sou mimada. Nada disso. 
Amo o meu irmão. Nunca discutimos na vida e orgulhamo-nos bastante um do outro. Ele apoia-me em tudo e, quando estou mal, corrige-me. É, talvez, a pessoa que é mais sincera para comigo.
Sou muito orgulhosa, e só consigo pedir desculpa a duas pessoas: ao meu irmão e à minha melhor amiga. A muito custo, lá consigo pedir desculpa aos meus pais. Mas saí ao meu pai. Ele é imensamente orgulhoso, tal como eu.
Tenho medo das alturas mas, mais do que medo das alturas, tenho medo de mim. Tenho medo, como já disse, de nunca me encontrar. Escondi a minha alma e o meu coração durante muito tempo. Escondi-os tão bem que, agora, não faço a mínima ideia onde eles estão. Talvez andem por aí, nas mãos de alguém; ou talvez tenham sido despedaçados e levados pelo vento, como as belas folhas de outono...  
Tenho um amor imenso ao meu ídolo. Amo-o mais do que amo qualquer coisa no mundo e, às vezes, até escrevo uns textos para ele. A música, como já disse, anima-me muito.
O meu objetivo de vida é conduzir este barco num dia de tempestade e deixá-lo chegar a um porto de abrigo; o meu objetivo é conseguir ajudar alguém; o meu objetivo de vida é que o meu ídolo sorria para mim; o meu objetivo de vida é tocar na mão deste. Tenho muitos objetivos de vida mas, às vezes, esqueço-me de ter fé. De ter fé em mim. Em quem sou, em quem serei. Mas, o que eu gostava mesmo, era de me encontrar. De encontrar o meu coração, nestes corredores escuros e vazios, não vá, um dia, o meu coração perder-se para sempre...
Prazer, chamo-me Nádia.